Como se Adaptar à Indústria 4.0: Um guia passo a passo

O título desta publicação é originário de um artigo publicado, no portal Lean Institute Brasil, em 27/09/22. Seu autor é o Sr. Andrew Quibell, Diretor de Qualidade de Manufatura e Lean na VISTA Print, como destaca o próprio Lean Institute Brasil. Pela atualidade do tema e pela maneira didática de elaboração do texto por seu autor, decidi compartilhar este artigo com os amigos e seguidores deste canal.

Antes de avançarmos no tema, é de suma importância que você use os serviços de uma consultoria como a J. C. MACHADO CONSULTORIA. Com consultores experientes e respeitando a cultura da sua empresa, podemos dar foco nas ações necessárias para que seu negócio possa dar um salto de qualidade no mercado, com significativa melhoria da produtividade, eficiência e lucratividade, aprimorando os seus gestores na busca de resultados. Pense nisso para alavancar o seu negócio!

“À medida que as organizações se esforçam para modernizar e aproveitar a onda de novas tecnologias, como devem ser seus sistemas operacionais? Como eles podem  se adaptar à Indústria 4.0?

As empresas estão colocando um enorme foco em alinhar seus sistemas e processos com os requisitos da Indústria 4.0 e na onda de novas tecnologias inovadoras e Inteligência Artificial (IA) que continuarão a impactar muitos setores industriais no futuro. Com todos esses avanços técnicos pendentes no horizonte, veremos a substituição gradual das pessoas que tradicionalmente cumprem tarefas ou atividades manuais e transacionais repetitivas de trabalho intensivo. Então, tendo isso em mente, como seu negócio operacional modernizado e seu sistema de qualidade devem se adaptar na era 4.0? Como eles devem parecer e ser configurados?

Quando observamos como os sistemas operacionais atuais aparecem, o quadro pode ser, em muitos casos, excessivamente complexo, pois temos uma vasta mistura de mídia de entrada e dispositivos que as pessoas extraem e usam diariamente. À medida que olhamos para o futuro e para o domínio da tecnologia digital aliada à IA, fica claro que nossa plataforma para um sistema operacional empresarial precisa ser configurada para ter processos simples e diretos. Parece bastante óbvio, mas é incrível ver o quanto os humanos podem complicar demais as coisas quando não consideram uma frustração para os usuários. Como o ‘lean’ pode nos ajudar a moldar essas plataformas tecnológicas e como podemos repensar nossa maneira de trabalhar à medida que nos encontramos tendo que remodelar ou substituir o que temos hoje para alcançar melhores resultados amanhã? Como podemos ajudar a influenciar a forma como essas plataformas são fundamentalmente estruturadas e como elas podem parecer no novo cenário digital em que as empresas terão que operar?

Tendo pensado e prestado muita atenção a isso durante minha jornada, aqui estão alguns passos importantes a serem considerados quando você se depara com esse desafio em seus negócios.

Como se adaptar à Indústria 4.0:

Um guia passo a passo

  1. Mapeie o estado atual sobre onde residem os sistemas, processos e informações existentes, em que forma de mídia, localização inicial ou arquitetura do sistema, e como isso pode ser acessado – cópia impressa, interface digital, configuração de tipo de arquivo de servidor remoto, centralizado e descentralizado, configuração de nuvem.
  • O estado atual do fluxo de informações do sistema e do processo pode estar em um quadro branco ou na parede do escritório, usando ‘Post-its’ coloridos – as cores devem denotar diferenças de tipo, função/departamento e área/local (você pode decidir as especificidades com base em como sua empresa está configurada atualmente).
  1. Sobreponha nesse estado atual a taxa de aceitação da experiência do usuário (pode ser ‘feedback’ subjetivo/classificações de pesquisa), o que as pessoas realmente pensam sobre o sistema ou processo que usam hoje e informações sobre se elas o percebem como útil e benéfico ou um obstáculo ou fardo.
  1. Agora procure a redundância, o ‘feedback’ negativo, o tempo que leva para recuperar ou usar o que é mostrado no mapa do estado atual, o que pode ou deve ser substituído, atualizado ou desativado. O que pode ser simplificado, reconfigurado e obviamente melhorado. Pode ser uma imagem surpreendente.
  1. Estabeleça um ponto principal de entrada/saída de acesso em seus sistemas operacionais e processos associados, a janela ou painel principal. Você deve enfatizar como isso se parece e funciona – mantenha-o limpo, simples, direto, com ícones visuais atraentes e com o número mínimo de “cliques” do mouse para acessar o próximo subsite ou diretório.
  1. Considere quando reorganizar ou criar sua nova plataforma a partir do estado atual, como os dados fluirão e os aplicativos que farão interface com a plataforma. As APIs são seguras, facilmente estabelecidas e compatíveis com qualquer nova tecnologia digital substituta que você deseja construir ou migrar para o sistema operacional aprimorado? Veja também como e quando (tempo e responsabilidade) os aplicativos podem ser movidos com o mínimo de interrupção ou interferência na atividade comercial atual.
  1. Qualquer sistema ou processo novo ou existente que você deseja criar ou migrar para um novo aplicativo digital deve ser completamente testado e avaliado por usuários em potencial antes de ser lançado para a população geral de usuários que usará a nova plataforma (ponto-chave). Por quê? Você precisa garantir um alto envolvimento do usuário desde o início para que isso aconteça. Portanto, com antecedência, pesquise ex-usuários sobre todas as características negativas do sistema ou processo anterior a ser substituído ou atualizado e incorpore seus comentários, lições e experiências ao que você pretende lançar (isso remonta ao ponto 3).
  1. Organize seu sistema operacional como se o usuário ou navegador não estivesse necessariamente familiarizado com a visão técnica ou entendendo da forma como você (como o construtor) ou um usuário técnico tradicional pode estar (outro ponto-chave). O que quero dizer aqui é criar um caminho simples ou uma sequência de etapas (cliques mínimos do mouse) para que a maioria das pessoas que não estão familiarizadas possa seguir uma sequência lógica e de bom senso, sem se sentirem intimidadas ou perdidas no primeiro uso. Tente também incluir palavras e terminologia típicas bem conhecidas nos pontos de acesso de nível superior para um subsistema ou processo. O jargão técnico só deve aparecer depois que o usuário tiver feito uma busca detalhada, clicando em dois ou três níveis mais profundos.
  1. Certifique-se de ter um serviço de ‘backup’ em nuvem seguro fornecido para tudo que opera na plataforma que está armazenando perpetuamente quaisquer dados presentes e sendo inseridos 24 horas por dia, 7 dias por semana, para que você não fique desanimado se um dispositivo de mídia/servidor local ou remoto cair. Tudo em sua plataforma deve ser sempre recuperável e atual. É importante planejar isso, porque é inevitável que você experimente interrupções ou tentativas de invasão em seu sistema.

Como um pensador ‘lean’, usei todos os pontos acima e treinei os especialistas técnicos em determinadas funções e disciplinas para considerar os pontos de contato óbvios e não tão óbvios. Eles muitas vezes não conseguiam enxergá-los: pessoas tecnicamente orientadas podem ficar cegas com um foco muito grande em um caminho fixo. Às vezes, eles não conseguem “enxergar a madeira das árvores”, como diz o ditado. Muitas vezes tive que descrever o cenário e perguntar “por que” para provocá-los a parar e pensar. Sem fornecer uma resposta ou solução, tentei impressionar as pessoas com a necessidade de eliminar o desperdício em nossos sistemas e processos criados, remover etapas desnecessárias ou complexas, nivelar irregularidades ou complexidades nas conexões e criar caminhos simples e diretos. Também enfatizei a importância de eliminar o fardo e a frustração da experiência do usuário para obter o melhor do que foi construído.”

É óbvio que o texto do Sr. Andrew Quibell tem um carácter técnico, voltado para desenvolvedores de sistemas operacionais. No entanto, ele, continuamente, chama a atenção dos técnicos de desenvolvimento de sistemas, demonstrando a sua real preocupação com as tecnologias digitais e Inteligência Artificial no desenvolvimento das plataformas. Neste sentido, ele dá destaque à preocupação que os técnicos devem ter com o usuário final das mais variadas plataformas desenvolvidas. Os técnicos precisam deixar os sistemas mais amigáveis, a fim de que o usuário final não se sinta intimidado ou perdido, já no primeiro contato com a nova plataforma. Isto garante um alto grau de envolvimento do usuário desde o início da adoção do novo sistema ou de alguma melhoria introduzida em sistema já em uso.

O atendimento a estas colocações do Sr. Andrew Quibell, sem nenhuma dúvida, contribui para que, tanto no ambiente técnico, como no ambiente do usuário das tecnologias, se estabeleça uma melhor atitude para que a empresa possa se adaptar à Indústria 4.0 e seus princípios.    

Muito sucesso nos seus negócios! 

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