Nosso tema de hoje é um indicador de desempenho muito conhecido e que contribui, de forma extraordinária, para o monitoramento e a análise do desempenho de processos produtivos. Abordaremos, portanto, o Índice de Eficácia Global de Equipamentos (OEE – Overall Equipment Effectiveness), simplesmente conhecido como OEE.
Antes de avançarmos no tema, é de suma importância que você use os serviços de uma consultoria como a J. C. MACHADO CONSULTORIA. Com consultores experientes e respeitando a cultura da sua empresa, podemos dar foco nas ações necessárias para que seu negócio possa dar um salto de qualidade no mercado, com significativa melhoria da produtividade, eficiência e lucratividade. Pense nisso para alavancar o seu negócio!
De maneira geral, todo mundo já ouviu dizer que produtividade é produzir mais com menos. E isto é uma verdade. Só que por trás desta simples definição estão escondidos problemas, muitas vezes complexos, no seu processo produtivo, os quais precisam ser tratados e eliminados. Olhando sob este prisma, estes problemas são, na verdade, as suas oportunidades de melhoria. Produzir mais, não é produzir volume de qualquer coisa, mas é produzir mais volume de produto de qualidade e vendável, ou seja, é oferecer produto que atende às necessidades do mercado. Produzir com menos, significa que se sua empresa não estiver aproveitando bem os recursos disponíveis, não deve investir para acrescentar mais recursos ao seu processo, seja mão de obra, seja máquinas e equipamentos. É aqui que entra o Índice de Eficácia Global de Equipamentos (OEE – Overall Equipment Effectiveness).
Pelo exposto no parágrafo anterior, conclui-se que, com a adoção deste indicador nos seus processos, os seus problemas não acabaram. Isto porque o indicador é tão somente um medidor, um sinalizador de problemas do seu processo; ele não aponta soluções. Entretanto, com a implementação deste indicador em sua empresa, seus gestores estarão equipados e mais preparados para dar o encaminhamento às ações necessárias para a solução e gestão dos problemas sinalizados por este indicador.
O Índice de Eficácia Global de Equipamentos é composto por três indicadores: utilização, eficiência e qualidade. Vejamos, a seguir, cada um destes indicadores.
1) UTILIZAÇÃO: este indicador tem a ver com a disponibilidade de uma determinada máquina para produção. Considerando-se um turno de 8,00 h desta máquina, podemos afirmar que este capital da empresa está disponível durante as 8,00 h do turno de trabalho. Entretanto, durante o dia anterior, esta máquina apresentou vários problemas mecânicos. Assim, o gerente de Produção e o gerente de Manutenção decidiram fazer uma parada programada de 2,00 h, no turno desta manhã, para sanar todos os problemas mecânicos apresentados.
A execução dos trabalhos da Manutenção ocorreu no tempo programado. Por quanto tempo a máquina esteve disponível para produção? Vimos, portanto, que a disponibilidade da máquina, neste turno, foi de 6,00 h. Durante a operação deste turno, houve a necessidade de se fazer duas preparações de máquina (setup), cada uma levando 15 min, ou seja, a produção perdeu mais 30 min, o que resultou num tempo efetivamente trabalhado de 5,30(cinco horas e trinta minutos).
Para facilidade de cálculo, convertemos estas 5h30min em hora centesimal, o que equivale a 5,5 horas. Este foi o tempo realmente trabalhado. A utilização, portanto, é calculada da seguinte forma: Tempo Trabalhado (5,5h) : Tempo Disponível (6,0h) x 100 = 91,7%.
Desta forma, a utilização da máquina, neste turno, foi de 91,7%.
2) EFICIÊNCIA: quando se fala em eficiência, estamos tratando de desempenho ou performance da máquina. Logo, precisamos conhecer o seu padrão de operação, ou seja, sua capacidade horária de produção. Este padrão de operação é definido após estudos de tempos e movimentos, ou seja, por meio de um processo de cronometragem. Para nosso exemplo, digamos que os estudos decorrentes desta cronometragem nos levaram à conclusão de que a capacidade operacional da máquina é de 150 peças por hora. Assim, deveríamos, nas 06 horas disponíveis, conseguir um volume de 900 peças.
Entretanto, o supervisor verificou que, ao final do turno, a produção foi de apenas 600 peças. Isto quer dizer que, neste turno de trabalho, tivemos 04 horas produtivas, isto é, 600 peças produzidas : 150 peças por hora (padrão) = 4,00 horas. Isto é, durante a produção tivemos perda de ritmo que pode ter sido ocasionada por má operação da máquina ou por baixa qualidade da matéria-prima, por exemplo.
Vimos, na abordagem do indicador de Utilização, que as horas trabalhadas foram 5,5 horas. Logo, Tempo Produtivo (4,00h) : Tempo Trabalhado (5,5h) x 100 = 72,7%. Portanto, a eficiência da máquina no turno foi de 72,7%.
3) QUALIDADE: por fim, quanto do que foi produzido ficou dentro do padrão de qualidade esperado? O supervisor verificou, também que, ao final, 100 peças foram refugadas e outras 50 peças foram retrabalhadas. Portanto, houve uma perda de qualidade em 150 peças, volume equivalente a uma perda de 1,00 hora do tempo produtivo.
Desta forma, o cálculo do índice de qualidade é feito da seguinte forma:
Tempo Produtivo (4,00) – (Perda de Qualidade (1,00) = 3,00.
Qualidade (3,00) : Tempo Produtivo (4,00) x 100 = 75,0%.
Assim, o índice de qualidade foi de 75,0%.
Analisados os três indicadores em separado, qual foi o OEE desta máquina no turno?
Bem, conhecidos os resultados de cada indicador temos que:
OEE = Utilização (0,917) x Eficiência (0,727) x Qualidade (0,750) x 100 = 50,0%
Portanto, o Índice de Eficácia Global de Equipamentos (OEE), neste exemplo, foi de 50,0%.
Uma boa leitura e sucesso nos negócios.