Dando continuidade ao tema Produção Enxuta (Lean Manufacturing), abordado na publicação anterior, quando destacamos os princípios que norteiam esta metodologia, hoje vamos tratar dos oito tipos de desperdícios visados pela aplicação e utilização contínua desta metodologia no modelo de gestão.
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Bem, os princípios de Produção Enxuta (Lean Manufacturing), que fundamentam o Sistema Toyota de Produção, visam diminuir ou mesmo eliminar os desperdícios que permeiam os processos de fabricação. Neste contexto, toda atividade que consome recursos, e não agrega valor para o cliente, é um desperdício.
Vamos, de forma suscinta, conhecer cada um desses desperdícios, a fim de que possamos estar mais preparados para a aplicação do modelo Produção Enxuta (Lean Manufacturing):
1) Estoque: consideramos de grande valia, para o completo entendimento do que ocorre no processo de fabricação, voltarmos nosso olhar crítico para os estoques, não apenas para o estoque de produto acabado, mas também para o estoque de matéria-prima. A falta ou deficiência na gestão do giro dos estoques leva sua empresa a um desalinhamento entre a compra da matéria-prima, a produção e a demanda dos seus produtos pelo mercado. A má gestão dos estoques causa grande desperdício para o seu negócio.
2) Produção excessiva: excesso de produção é mais um dos desperdícios apontados pelo Sistema Toyota de Produção. Uma produção excessiva pode aumentar, ainda mais, seus gastos com armazenamento, além de sobrecarregar seu processo produtivo e aumentar o tempo de entrega dos produtos aos clientes. Muitas empresas tentam corrigir este tipo de desperdício adotando o modelo Just in Time (JIT), ou seja, produzem apenas o necessário, o que evita vários problemas na gestão de estoques.
3) Processamento excessivo: outro desperdício bastante comum é o chamado processamento excessivo. Quando uma empresa não estuda seus processos internos, nem procura entender o que os clientes esperam do seu negócio, ela não consegue identificar a existência de etapas desnecessárias no processo produtivo. Este alinhamento entre fornecedor e cliente contribui sobremaneira para a melhoria contínua dos processos internos.
4) Tempo de espera: é mais uma forma de desperdício muito comum, podendo estar relacionado tanto ao aguardo de novos materiais para produção, quanto à espera por um atendimento de manutenção de algum equipamento. Na maioria das vezes, este tipo de ocorrência é decorrente de falhas da equipes responsáveis por alguma etapa do processo. As consequências disso vão desde uma produção excessiva até a uma baixa repentina dos estoques.
5) Transporte excessivo: é outra forma de desperdício bastante significativa. Consiste no deslocamento desnecessário de estoques, equipamentos, pessoas e matéria-prima, podendo ocasionar danos em peças e equipamentos, além de contribuir para uma baixa produtividade dos processos.
6) Defeitos: são uma forma de desperdício que se caracteriza por não permitir o uso correto de um determinado produto. Normalmente gera retrabalho e custos adicionais que redundam em atraso na entrega do produto ao cliente.
7) Movimento excessivo: esta forma de desperdício é bastante comum em processos produtivos que não foram desenhados com foco na praticidade, de forma a permitir o fácil acesso a determinados itens que impactam em esforços repetitivos durante o trabalho. Assim, a construção de um leiaute adequado a um fluxo de processos organizado contribui enormemente para a diminuição deste desperdício.
8) Subutilização dos talentos: este tipo de desperdício é decorrente da má atuação dos gestores no que se refere ao aproveitamento ineficiente dos talentos dos seus funcionários. Para evitar esta subutilização dos talentos, é de fundamental importância que se trabalhe a multifuncionalidade das pessoas, qualificando-as para poderem desenvolver novas habilidades e exercer diversas funções num determinado processo.
Estes oito desperdícios destacados pela metodologia da Produção Enxuta (Lean Manufacturing), portanto, devem ser vistos e tratados pelos gestores como oportunidades de melhoria. O foco na diminuição e/ou eliminação dos desperdícios impulsionará a crítica saudável entre seus gestores e funcionários para a busca da melhoria contínua dos processos de sua empresa, fazendo com que se construam padrões de operação muito claros e eficientes.
Por fim, lembramos a você, leitor, novamente, que métodos e princípios na gestão de processos exigem um forte trabalho dos gestores para o envolvimento das pessoas, a fim de que elas sejam capacitadas e motivadas para a sua aplicação no dia a dia das operações.
Muito sucesso nos seus negócios!